Depois dos 3 anos de casamento com uma tal de crie, andando abraçada com todo tipo de dificuldade e discursos de lamúrias em tudo quanto é evento, a gestão Miguel Lauand repentinamente, e como previsto por todos os itapecuruenses, foi curada desse mal. O remédio? Ano eleitoral.
Eleito com a promessa de resgatar a festança de Momo em Itapecuru, considerada por anos o melhor carnaval do Maranhão, e com fama de bom pagador; desde o primeiro dia de sua administração Miguel concedeu entrevista na rádio da família afirmando que o município estava numa crise profunda. Quem ouvia aquele discurso do prefeito recém-eleito tinha certeza que todas as batalhas da Segunda Guerra mundial tinha acabado de acontecer às margens do rio Itapecuru.
Poucos dias depois o anúncio frio começou a frustrar seguranças, vendedores ambulantes, barraqueiros, vendedores de alimentos, donos de lanchonetes, bares, músicos e todos aqueles que viram nas promessas em campanha a oportunidade de ver a cidade lotada novamente gerando emprego e renda. Mas, no rádio Miguel Lauand acabara com as esperanças de todos e afirmava que, por culpa da crise, n]ao tinha condições de fazer carnaval.
A justificativa era que o dinheiro seria usado para educação, saúde e infraestrutura. De lá para cá escolas não mudaram sua situação precária, obras e unidades educacionais continuaram inacabadas, reformas em colégios só foram feitas com intervenção da justiça, postos de saúde sem medicamentos, atendimento precário, não foi criada uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h, na zona rural as equipes aparecem de vez em quando, não acabaram as filas para marcação de consulta onde o cidadão tem que passar a noite debaixo de chuva para garantir uma vaga, ruas continuam cheias de buraco, estradas vicinais sem condições de trafegabilidade. "Tudo como dantes no reino de Abrantes", para usar um dito popular.
Por três anos servidores tiveram salários atrasados, prestadores de serviços como garis tiveram que iniciar uma greve reivindicando pagamento do 13º, direito a descanso e férias.
Bastou chegar 2020 e parece que a crise era só "migué". Começaram aparecer obras por toda a cidade, o sorriso voltou a fazer parte dos servidores do primeiro escalão na prefeitura, o tratamento para com a população mudou para melhor, carros passaram a circular pela cidade com vidros baixos (será algum problema com ar condicionado?), apertos de mão e cordialidade viraram uma constante. Apareceu até uma lista de quem sequer mora em Itapecuru e recebe salário gordo. Os tais dos funcionários largata, aqueles que vivem só na folha (esse povo é horrível rsrsrs).
Definitivamente a cura para todo esse mal, chama-se Ano Eleitoral. O prefeito Miguel Lauand fez questão de anunciar que "sim, vai ter carnaval", a prefeitura publicou um vídeo institucional com as principais atrações para este ano, que começou com salários atrasados e ameaça dos professores de só voltarem às aulas mediante pagamento do reajuste de 12,84% no piso salarial da categoria, sujo valor a prefeitura insiste em negar.
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