Assim como aconteceu com o frenético sistema de comércio romano, depois com o feudalismo, em seguida com o mercantilismo, agora acontece com o capitalismo. Algo me diz que o mundo evoluirá para 'cybermarketing' e serviços, bens e consumo seguirão o mesmo caminho.
O sistema econômico romano em seu apogeo era muito parecido ao nosso; moeda, comércio, luxúria, opulência. Ao ruir, o mundo teve que se adaptar, a moeda perdeu seu valor e a terra (feudo) passou a ser motor da economia chamada feudalismo. Durou mil anos (10 séculos).
Com a reestruturação lenta das rotas de comércio, a estagnação das práticas feudais fez ascender o poderio dos mercadores nos Burgos (vilas/cidades) que reclamaram para si o controle dos mercados, floresce o mercantilismo. Sai a terra, entra em cena o acúmulo de ouro e prata; razão primordial do colonialismo que deu origem ao Brasil.
Voltando-se para uma forma de garantir sua hegemonia, os burgueses (grandes comerciantes dos Burgos) aprimoram seu sistema econômico e com os mercados internos consolidados partem para implementar melhorias na qualidade de vida agregando valor a serviços e bens de consumo. Resurge a noção romana de bem-estar, opulência, luxúria e que poder econômico (acúmulo individual) pode proporcionar as mais variadas benesses para aquele que o possuir. Está posto o Capitalismo (do latim Capitale, unidade de medida à epoca).
A pandemia de COVID-19 acabou solucionando um problema do qual a humanidade não poderia fugir, o colapso do mundo capitalista. Estagnação dos mercados, sem poder expandir o consumo, leva a uma reestruturação inevitável. O isolamento social freia a utilização de combustiveis fósseis e o preço do petróleo despenca, bolsas de valores acompanham a queda, a tendência é que Dólar/Euro (símbolos capitalistas) deem lugar às chamadas criptomoedas e definitivamente cheguemos ao cybermercado.
O que está em curso? Ainda não dá para saber, todavia fica evidente que com a necessidade de diminuir cada vez mais contatos físicos, uma dica pode ser que troquemos os bens de consumo e serviços presenciais por equivalentes no mundo virtual. Pode ser que o mundo pós-coronavirus entre para a história como "cyberalismo" ou algo do tipo, resta saber.
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