O novo decreto do executivo itapecuruense visando combater a pandemia de coronavirus tem causado polêmica entre a população local desde sua publicação na última segunda-feira, 30 de novembro.
O documento mantém restrições ao comércio, estende as medidas de segurança como uso de máscara e álcool em gel, atendimento remoto de órgãos públicos e prorroga suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do município. O decreto nº 1017/2020 tem validade até 31 de dezembro.
Porém, a medida que mais tem causado polêmica é a proibição de festas e comemorações públicas e privadas até a mesma data. O dispositivo é uma reedição do Art 6º publicado no decreto nº 875, do dia 31 de agosto de 2020:
Art. 6º - Fica determinado à Guarda Municipal, isoladamente ou em conjunto com a Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiro e/ou Policial Militar e o PROCON, que intensifique ações visando o cumprimento das medidas determinadas neste Decreto e nos demais Decretos ainda em vigor, podendo, para tanto, adotar as medidas já autorizadas, inclusive com aplicação de multa e fechamento do estabelecimento infrator, reforçando a necessidade de se evitar, entre outras a realização de:
a) Festas dançantes;
b) shows artísticos de qualquer natureza em casas de shows e similares;
c) participação de feirantes, camelôs e vendedores afins, oriundos de outros municípios, na feira livre que acontece todas as segundas-feiras, na Avenida Gomes de Sousa, Praça do Mercado, Praça da Saudade e adjacências;
A discussão gira em torno do fato de a prefeitura não ter proibido neste novo momento também o comércio como referido na alínea C do mesmo parágrafo, que causa tanta aglomeração quanto as festas e comemorações.
Outra vez os profissionais que tiram seu sustento do trabalho na noite como produtores de eventos, músicos, DJs, proprietários de palcos, iluminação, som, os ambulantes que comercializam seus produtos nas portas e dentro de festas (bombons, churrasquinhos, lanches, aperitivos etc) sentem-se abandonados pelo poder público.
Para eles simplesmente tiram o sustento de suas famílias sem apresentar qualquer alternativa. A história se repete, todavia, desta vez a prefeitura não foi pega de surpresa e poderia ter traçado estratégias já que sabia da nova proibição. À equipe da Itapecuru Webtv os profissionais da área declararam-se mais que preocupados com o que vem pela frente, para um deles que preferiu não se identificar "isso é uma verdadeira covardia com pessoas que já são humilhadas quando vão tirar licenças para festas, desrespeito total. Que Deus nos proteja e continue olhando por nós sempre", disse.
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