A prefeitura de Itapecuru Mirim decidiu manter desativada a enfermaria de campanha para tratamento de pacientes infectados por COVID-19. aberta pela gestão do ex-prefeito Miguel Lauand (PRB). O anúncio foi feito no final da tarde do último domingo (14).
Mesmo com o aumento nos registros de pacientes ativos e mortes por coronavirus, a gestão Coroba não reativará o atendimento especializado para tratamento da COVID-19 em leitos hospitalares na rede pública municipal de saúde. Em vídeo, o secretário adjunto Cirlandio Coutinho informa que a prefeitura descartou a possibilidade de reativar a enfermaria por não ter recebido recursos enviados pelo governo federal, através do Ministério da Saúde.
Após pesquisa a equipe da Itapecuru Webtv descobriu que a gestão Miguel Lauand (PRB) deixou na conta algo em torno de R$ 2 milhões exclusivamente para enfrentamento da pandemia por COVID-19, além de equipamentos no almoxarifado. De acordo com dados do portal da transparência, do governo federal, foram enviados para Itapecuru Mirim em 2020 um total de R$ 6.409.223,61 (seis milhões, quatrocentos e nove mil, duzentos e vinte e três reais e sessenta e um centavos) através do Fundo Municipal de Saúde como parte das ações de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.
Em prestação de contas junto ao conselho municipal de saúde de Itapecuru Mirim, no mês de dezembro de 2020, a secretária de saúde do município, Paraguacy Silva, apresentou o saldo de R$ 1.400.000,00 (um milhão e quatrocentos mil reais) que estava na conta da prefeitura como restante do que fora recebido para combate à pandemia e informou o crédito de mais R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) que havia sido depositado como última verba recebida pela gestão Miguel Lauand para a mesma finalidade.
Desta forma deixados para a nova administração Benedito Coroba dar continuidade a ações de prevenção ao coronavirus os valores somados chegam ao total de R$ 2 milhões (dois milhões de reais), que justificam a reativação e manutenção dos 10 leitos criados na Unidade Básica de Saúde (UBS) Maria José das Neves Oliveira Martins, bairro Trizidela.
O aumento no número de óbitos por coronavírus em Itapecuru (4 apenas na última semana) denuncia a precariedade do tratamento oferecido pela rede municipal, sem leitos para receber os pacientes ativos a solução encontrada pela administração é o isolamento domiciliar. Isto coloca em risco quem é infectado, visto que a recuperação assistida 24h não existe. Também é precária a fiscalização na cidade, quem vai ao comércio local percebe que mesmo com um decreto em vigor que torna obrigatório o uso de máscaras e álcool em gel alguns comerciantes e clientes voltaram a relaxar a prática das normas de segurança sanitária.
Neste período de carnaval as aglomerações voltaram a ser uma constante, bares e restaurantes lotados, muitos sem dar a mínima para a precaução. É preciso disponibilizar atendimento especializado e leitos específicos para pacientes acometidos pelo coronavírus em Itapecuru antes que seja tarde. Especialistas alerta que esta segunda onda da doença, além de ser mais perigosa e letal, é capaz de atingir crianças e adolescentes antes imunes.
Para ter acesso ao demonstrativo de transferências dos recursos para enfrentamento da COVID-19 realizados pelo governo federal para Itapecuru Mirim CLIQUE AQUI.
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