Na manhã de ontem, segunda-feira (15), a cidade de Itapecuru Mirim recebeu notícia mais que preocupante, o município havia ultrapassado em apenas dois meses e meio o número de mortes por COVID-19 registrado durante todo o ano de 2020.
No início do dia o boletim epidemiológico da última sexta (12) registrava ainda 25 óbitos, sem contabilizar os 3 que aconteceram no final de semana. Subiria então para 28, 14 somente no ano de 2021, exatamente o mesmo número de perdas para a COVID-19 registrada nos 10 meses do ano passado.
Por volta das 10h da manhã de ontem (15) a notícia de mais uma morte por coronavirus abalou os itapecuruenses, com o falecimento da professora Lucinha os dados denunciaram que Itapecuru superava espantosamente o ano de 2020 em óbitos devido à pandemia. Para piorar a situação, outra perda foi divulgada fechando o dia com um total de 30 óbitos.
De acordo com informações da equipe responsável pela publicação do boletim epidemiológico do município, a atualização dos dados será feita somente após confirmação no sistema estadual de acompanhamento de casos de COVID-19. Visto que alguns pacientes faleceram na capital São Luís.
Sem local para internação e tratamento de pessoas com casos leves na rede municipal de saúde, Itapecuru Mirim vê os registros de testados positivos aumentarem e óbitos cresceram em decorrência da doença. Em matéria publicada ontem (15) pelo Itapecuru Notícias foi possível perceber com estatísticas oficias que após a inauguração da enfermaria de campanha com 10 leitos para tratar precocemente os doentes, a prefeitura reduziu de 13 mortes ocorridas até 14 de julho de 2020 para apenas 1 óbito até 31 de dezembro, a partir do funcionamento da enfermaria que começou a atender no dia 15 de julho daquele ano.
A média de óbitos devido a pandemia nos 10 meses de 2020 foi de 1,4 mortes a cada mês. Nos dois primeiros meses de 2021 já é quase 5 vezes maior, sendo média de 5 óbitos em janeiro e fevereiro. Nos primeiros 15 dias deste mês de março contam-se 6 mortes até a conclusão desta matéria, um crescimento vertiginoso que reflete a falta de eficácia nas medidas adotadas pelo poder público local.
Não há médicos nos postos de saúde, pacientes reclamam que não há medicamentos sendo distribuídos à população, não há leitos para tratar quem apresenta os primeiros sintomas, não há plano de contingência para por em prática emergencialmente como forma de reverter o quadro assombroso para o qual caminha o município. A população espera medidas e ações em saúde que possam amenizar o cenário desolador.
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