Cansados de reclamar sobre a falta de atenção da prefeitura para a problemática na estrada de acesso ao conjunto habitacional Milton Amorim, moradores decidiram protestar de forma diferente.
Com um celular na mão e a idéia de chamar atenção das autoridades na cabeça, a população passou a filmar as dificuldades pelas quais passa todos os dias para sair e chegar em casa.
Depois de várias manifestações e inúmeras promessas de que o problema seria resolvido, nada aconteceu até a publicação desta matéria. É o que declaram moradores daquele bairro onde a falta de atenção do poder público é cada dia mais gritante.
Na semana passada um automóvel chegou a perder a suspensão por causa dos buracos ao longo da estrada, também na semana passada uma moradora que trafegava de moto táxi caiu na lama com moto Taxista e tudo após perderem o controle do veículo tentando desviar dos buracos.
Na solenidade de entrega das casas o então ministro do Desenvolvimento Regional (MDR) no governo Jair Bolsonaro, Rogério Marinho, anunciou para a construção da estrada o valor de R$ 2 milhões. Segundo o ministro, R$ 1 milhão já garantido pelo próprio MDR e outro milhão dividido entre emendas dos deputados federais Marreca Filho e Hildo Rocha.
Marinho foi enfático em entrevista coletiva na ocasião afirmando que o ministério dependia apenas de sinalização da prefeitura de Itapecuru Mirim indicando o local para construção da estrada com pavimentação asfáltica, já que por onde os moradores passam atualmente é inviável qualquer investimento por se tratar de área de segurança da estrada de ferro pertencente a Companhia Ferroviária do Nordeste.
Até o momento a gestão do prefeito Benedito Coroba não sinalizou aos moradores se já indicou o local e quando começarão as obras de pavimentação da via que faz parte da malha vicinal, de responsabilidade do município.
Enquanto isso, quem mora no conjunto habitacional Milton Amorim tem a obstinação de mostrar dia após dia todo o calvário, reflexo da falta de infraestrutura.
Num dos vídeos o condutor de uma motocicleta faz paródia com a música de campanha que atribuía ao candidato Benedito Coroba a condição de "liso", sinônimo de pobre, sem recursos, humilde, mesmo sendo promotor de justica aposentado com vencimentos na casa dos R$ 30 mil mensais, assim divulgado por seus adversários à época. O morador faz um comparativo da situação atual com o passado, dizendo "vocês não queriam era o "liso"? Tá aí o que nós arrumou pra nós". Acompanhe a seguir.
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