Na manhã de ontem, quarta-feira (19), alguns moradores da comunidade quilombola Santa Rosa dos Pretos, zona rural de Itapecuru Mirim, entregaram à rádio 90 FM um documento que chamou atenção de imediato.
No papel assinado pela direção do posto de saúde da localidade constam informações que deixaram os moradores indignados pela situação falsa nele contida.
O documento é a escala de trabalho da unidade Básica de Saúde (UBS) onde técnico de enfermagem aparece com a função de médico atendendo a população, o que caracterizaria crime de exercício ilegal da medicina, previsto no artigo 282 do Código de Processo Penal Brasileiro, com pena de prisão de 6 meses a 2 anos.
Ainda segundo o documento, outro técnico de enfermagem aparece com a função de dentista para atender os moradores. Novamente o mesmo crime de exercício ilegal da medicina. Como se não bastasse, servidores apontados como vigilantes pela população constam na escala de trabalho como agente administrativo, assistente social e auxiliar operacional de serviços diversos (AOSD). Já os AOSD aparecem como técnicos de enfermagem.
Ou seja, no posto de saúde de Santa Rosa dos Pretos o dentista na verdade é o técnico de enfermagem e seu auxiliar é o vigia. Seria até cômico não fosse trágico. De acordo com o relato dos quilombolas, "o que mais espanta é que o prefeito é promotor aposentado e sabe que isto é errado. Este documento nós pegamos da parede do posto, nem se preocuparam em esconder, isto é um desrespeito com a comunidade", declarou um dos denunciantes.
A equipe do site itapecurunoticias.com encaminhará o documento à Secretaria Municipal de Saúde de Itapecuru Mirim para que sejam tomadas as providências, os moradores informaram que acionarão o Ministério Público.
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