O último dia de carnaval 2025 em Itapecuru Mirim ficou marcado não só pela despedida da festa de Momo, mas pela despedida de um grande carnavalesco Itapecuruense.
Jaime Costa Alves Filho, o Jaiminho, foi encontrado sem vida em sua residência, na avenida Beira-Rio, pouco depois do meio-dia desta terça-feira (04). A causa da morte aponta infarto, o sepultamento aconteceu no cemitério municipal na tarde de ontem, quarta-feira de Cinzas (5).
Amigos e familiares sentiram falta da alegria matinal de Jaiminho, ele não abriu a porta, não cuidou das plantas que cultivava como ninguém, não fez o pedido do almoço no restaurante de costume.
Nascido em 17 de junho de 1959, marcou sua passagem não só por Itapecuru Mirim. Deixou seu legado em Açailândia, São Domingos do Azeitão, São Luís e no estado do Amazonas.
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Foi um dos fundadores da escola de samba O Bola Verde, as primeiras letras de enredos da agremiação na ribeira do Itapecuru foram feitas por ele, dentre elas uma inesquecível homenagem à passagem do cometa Haley nos anos 80.
Exerceu o cargo de gerente da Empresa Maranhense de Terras (EMATER), no município de São Domingos do Azeitão; trabalhou no Instituto de Terras e na Mineração Tabocas no estado do Amazonas, foi funcionário da antiga Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) no município de Açailândia, foi o grande responsável pela ornamentação da cidade de Itapecuru Mirim no período de carnaval durante vários anos.
Amante da poesia, deixou inúmeros poemas sem publicar, dedicou sua vida à arte como artista plástico amador deixando quadros para a posteridade, ficará na memória de quem, como ele, ama a história e cultura Itapecuruenses.
No último dia de carnaval nos deixou, com muitas saudades e lembranças para familiares e amigos que jamais esquecerão do empreendedor que no final dos anos 80 inaugurou o primeiro bar estilizado da cidade, o Signos Bar, ambiente aconchegante e discreto na rua do Sol, centro.
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Descanse em paz, meu amigo. Sentirei falta das conversas casuais e aleatórias à sombra das árvores no calçadão da Bia, de trocar idéias aos finais de tarde casualmente, regado a uma boa música na Beira-Rio ao anoitecer, das histórias da cidade e de nossa gente que relembrávamos sempre que sentávamos para bater papo.
E obrigado, pelos momentos de cultura que nos brindava a todo instante. Meus sentimentos sinceros a toda a família.
Do amigo, vizinho e admirador, Alberto Júnior.